Nesta semana dedicada à Geodiversidade, a equipa técnica do Ecos Machico realizou a exploração das cavidades associadas à preparação do pastel. As folhas desta planta eram colhidas e de seguida demolhadas, nestes poços, dando início a um processo de criação de um corante, conhecido por indigo, que era muito utilizado na tinturaria.
A cultura do pastel-dos-tintureiros (Isatis tinctoria) remonta ao século XV, quando a ilha da Madeira se valorizava economicamente com produtos agrícolas destinados à Europa. Foi cultivado em rotação com cereais, tornando-se um dos primeiros produtos de exportação da Madeira.
A importância do pastel ficou gravada na toponímia madeirense, com locais como o Sítio do Pastel, em Machico e noutros pontos da ilha. A sua cultura espalhou-se ainda pelos Açores, sobretudo em São Miguel, Terceira e Faial, onde foi mais explorado.
Esta primeira visita foi fundamental para obter registos fotográficos do local e realizar uma pré-avaliação do estado de conservação do mesmo.
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